sábado, 24 de outubro de 2009

Ouricuri


Com a mesma equipe do Sesc de Bodocó, partimos para Ouricuri, cidade vizinha. Agora mais seguros e amigos, conseguimos contornar os contras com mais habilidade. Novamente, o primeiro espaço oferecido para nós não era nada adequado, com palco pequeno e platéia grande e distante. Corremos pela cidade e conseguimos um galpão que pertence à Associação dos Cortadores de Cana. Começamos então o trabalho, e fizemos um teatro charmoso novamente rodeado por "TNT" preto. A mesma equipe de luz comandada por Galego era pura habilidade. Começamos na hora, para uma platéia lotada e extremamente receptiva. Foi uma apresentação incrível, um encontro emocionante. Dentre os risos, e as emoções trocadas pela platéia com o ator, houve um fato bem curioso. No meio do espetáculo, uma mãe levanta-se com a filha no colo para sair pela lateral (depois descobrimos que a menina estava louca para fazer xixi) e enquanto ela tentava ser discreta e educada na sua saída, o personagem sai correndo do fundo da cena e surpreende as duas, falando algo da história diretamente para elas. A menina sem conseguir conter o medo se treme toda e cai no choro, fazendo a platéia cair na risada... para fechar a cena com maestria, o momento da fala do personagem era exatamente: "... ela deve ter me tomado por maluco, tal o medo que lhe causei...". Mãe e filha saíram e o espetáculo continuou cheio de viço até o final. Que bom é ter história para se contar.

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Bodocó

Voltando para a labuta diária, partimos para cidade de Bodocó. Interiorzão do estado. O frio acabou e o calor não nos deu trégua. As condições também não eram nada favoráveis, apesar do empenho da equipe do Sesc local. O teatrinho da cidade era forrado com gesso, o que impedia que qualquer coisa fosse pendurada nele, nem luz, nem cenário... Bem difícil para nós. Conseguimos um outro espaço, forrado em telha e um dos problemas foi resolvido... Mas o maior deles ainda era a ausência de qualquer equipamento de luz, não havia sido providenciado nada, a inexperiência do Sesc local era evidente, mas a força de vontade deles também. Por sorte, eles conseguiram alugar o equipamento de última hora, a equipe de luz comandada pelo grande Galego foi nossa salvação. A montagem da iluminação, que geralmente começa às 8 da manhã começou às 5 da tarde, foi um trabalho árduo. Mas de mãos dadas, desbravamos a selva, e fizemos uma boa apresentação para uma platéia singela e feliz.

*Também não houve tempo para fotos.

Triunfo


Finalmente um dia de folga. Como foi desejado esse dia. E não podia ser mais recompensador, pois chegamos à cidade de Triunfo, no finalzinho do festival de cinema da cidade. Ficamos hospedados no hotel do Sesc, no alto da montanha, no friozinho para muitos inimaginável em Pernambuco. Uma delícia. Confessamos, que é uma das cidades que mais nos dá saudade. O dia de folga também serviu para lavar roupa, que com o acúmulo de trabalho, na nossa bagagem já não se encontrava qualquer resquício de roupa limpa.
Acordamos cheirozinhos para a nossa apresentação no belíssimo teatro da cidade, com toda a estrutura adequada e equipe técnica profissionalíssima... Mas como esse povo de teatro é um bicho medonho, e nós não fugimos a regra, invertemos todo o sentido espacial do teatro, colocamos o público no palco e fizemos o espetáculo na platéia. Deu super certo. Foram duas apresentações, uma seguida da outra (para compensar a récita não ocorrida em Surubim), com casa cheíssima. Na primeira, houve um problema no som, algum desatento desligou o equipamento durante a peça, e a apresentação ocorreu quase toda sem música, elemento importantíssimo para a narrativa fluir com delicadeza. Haja fôlego, ator! Problemas resolvidos, na segunda récita, tudo deu certo: técnica, ator, público e emoção. Um Triunfo!

*Na foto, nós nas janelas do teatro charmoso da cidade.

Buíque


A caravana do Lavoura pousa agora em Buíque, ainda sob a chuva fina. A mesma técnica de Arco Verde nos acompanhou. Mais cientes da responsabilidade e do tamanho do trabalho, os rapazes se comportaram de forma mais eficiente. Naruna, coordenadora local, mostrou muito empenho e dedicação. Construímos um teatrinho rodeado de tecido-não-tecido preto, o famoso "TNT", no salão paroquial da cidade. A platéia foi pequena, mas afetuosa. E a apresentação foi bonita, apesar das goteiras que caiam no cenário durante a peça, o que deixava o ator (que é também o cenógrafo), meio desconcertado e desconcentrado, vendo as letras do seu diário-cenário virarem manchas de tinta. Mas os deuses ajudaram e foram apenas manchinhas...

*Na foto, nós, Naruna (lindinha, de cachecol), sua equipe e as goteiras que invadiram até a fotografia.

Arco Verde

Clima nublado e chuva fina em Arco Verde. O espaço que nos foi destinado primeiramente foi um local aberto no Sesc local, onde a platéia ficaria sentada em longas e distantes escadas. Para quem conhece nosso trabalho, sabe como é importante a intimidade e a aproximação com o público, por isso era algo realmente impossível de ceder. Conseguimos um outro espaço dentro do Sesc, um teatro meio improvisado, onde um palco pequeno e singelo era rodeado por um cerca enorme de madeira que nem uma boiada derrubaria, mas que durante toda a manhã o pessoal da equipe tentou e conseguiu finalmente abrir para nós. A montagem de toda a estrutura foi bem sofrida, as condições eram difíceis, o equipamento de luz deteriorado e para piorar a situação, falta energia na cidade. Durante 2 horas ficamos sem poder evoluir nos trabalhos. Tudo isso fez com que o espetáculo, que estava destinado para às 21h, começasse quase às 23h. Agradecemos imensamente a enorme paciência e generosidade do público, que além do atraso, assistiu a uma apresentação com sérios problemas, sem qualquer sutileza de luz, algumas cenas em breu total e ator e técnica à beira do abismo. Ao fim de tudo, o cansaço bateu e não restou ninguém da platéia para o costumeiro debate final.

*Não houve tempo nem fôlego para fotos.

Caruaru


Próxima parada, Caruaru. Fomos recebidos por Severino Florêncio, que além de responsável de cultura do Sesc local é também ator e (se não nos enganamos) tem uma versão do Diário de um Louco há mais de 20 anos. O encontro entre os dois diários foi profícuo. Apresentamos nosso trabalho num teatro delicioso, com a disposição da platéia perfeita para nós, mas que infelizmente era bem carente em recursos de iluminação. Apesar disso, conseguimos fazer as adaptações devidas... Entre luzes feitas com lanterna, outras que ligavam e desligavam diretamente nas tomadas e lentes de refletor quebrando durante a récita, tivemos um encontro lindo com o público. Casa cheia. Pessoas atenciosas e receptivas. Mais uma vez o teatro e o afeto se fez maior que tudo.

*Na foto, o ator-mentado explorando o espaço cênico.

Belo Jardim


Mais flores... Partimos para Belo Jardim, cidadezinha cheia de aconchego amigo... No primeiro dia houve a Oficina de Cenografia, ministrada por Jorge, para alunos ávidos por conhecimento, num domingo, às 8 da matina... Assim que chegamos, fomos recebidos pelos cachinhos pretos e olhos verdes de Ana Flávia, coordenadora de cultura local, que pra nós foi uma das mais gratas surpresas de toda essa maratona. Com extrema dedicação e profissionalismo, Ana foi impecável. Apesar da falta de estrutura teatral na cidade, ela conseguiu todo equipamento de luz solicitado, arregaçou as mangas e montou toda a estrutura conosco, como um novo membro do grupo. Juntos fizemos de uma cantina aberta de colégio, um teatro charmoso e muito digno. Uma platéia de estudantes esperavam ansiosos e barulhentos do lado de fora. Começamos um pouco atrasados, o público lotou nervosamente o espaço, mas aos poucos foi se entregando ao trabalho e conseguimos comunicar de uma forma terna e feliz. Dever cumprido com louvor.

*Na foto a bela equipe de Belo Jardim. Amigos queridos.

Garanhus


Recuperando forças, seguimos para o friozinho de Garanhus, cidade famosa por seu badalado festival de artes, pelas flores e pelo clima agradável. Mas não foi tão tranquilo como esperávamos, o espaço que nos ofereceram também não era nada adequado para o nosso trabalho, e a idéia de cancelar de novo o espetáculo nos deixava bem nervosos. Mas com a força de Lilian, coordenadora de artes local, corremos por toda cidade em busca de um outro espaço que fosse minimamente adequado. Depois de muitos telefonemas, corridas de carro pela lama, em meio a chuva, ela finalmente conseguiu a liberação do teatro da cidade... Ufa! Meio dia iniciamos a montagem de toda estrutura. Com a equipe técnica imensamente solicita, conseguimos montar tudo há tempo, e bem cansados, começamos nossa apresentação no horário. Valeu a pena. O público nos recebeu de coração aberto, com olhares ternos, sorrisos e sensibilidade aguçada, eles embarcaram na história do personagem com muito afeto e fizeram dos 55 minutos de peça um encontro humanamente lindo. São esses momentos que fazem essa jornada valer a pena.

*Na foto, equipe liderada pelo dedicado Eduardo em Garanhus.

Surubim


Logo depois de uma recepção calorosa em São Lourenço, um balde de água fria. A apresentação na cidade de Surubim foi cancelada. Por falta de empenho da equipe do Sesc local e de condições mínimas (mínimas mesmo) para a realização do espetáculo. Não podemos apresentar nosso trabalho, o que nos deixa com uma frustração enorme de não levar ao público de Surubim o nosso teatro e de não exercer a função e o ideal do projeto Palco Giratório, que para nós é tão caro. A nossa ida a cidade se resumiu a um encontro com as pessoas de arte da cidade, tentando trocar um pouco as experiências artísticas, mas com a ausência do espetáculo, fomos dormir sem a sensação de dever cumprido.

São Lourenço da Mata


Em São Lourenço da Mata, nossa primeira apresentação, fomos recebidos de braços abertos pelo pessoal do Sesc Ler. Para o nosso trabalho, nos foi oferecido um corredor do Sesc, entre as salas de aula e os banheiros. Um espaço que não era ideal para o espetáculo, mas sentimos que era o que de melhor eles dispunham. Com todo o empenho da equipe do Sesc e dos companheiros contratados para a iluminação, conseguimos fazer desse espaço um teatrinho lindo, e confesso que todos nós ficamos bem impressionados com o resultado final. O público lotou o espaço e saímos muito satisfeitos com o respeito com que fomos recebidos. No final do dia ainda havia um "banquete" de despedida, tantos doces e salgadinhos que batizamos o local de Sesc Comer. Agredecemos muitíssimo pela acolhida.

*Na foto a equipe gentilíssima de São Lourenço, cavalheiros de verdade.

Ao céu de Pernambuco




Sob o céu imensamente azul do nosso estado vizinho de Pernambuco, partimos para uma jornada de 12 apresentações por cidades do interior. Cruzamos todo o estado, de ponta a ponta, iniciando em São Lourenço da Mata e terminando em Petrolina. Uma experiência única e inesquecível, que nos encheu de força e maturidade. Também nos fez entender o quão importante é o encontro com o público e como essa troca pode tocar muito a eles e a nós mesmos. Passando por cada uma das cidades, encontramos um público ávido por atenção e respeito e pronto para nos receber com olhos e corações atentos. Aqui entendemos que o ser humano, em qualquer lugar do mundo, está aberto a emoção, a sensibilidade e a descobrir-se ainda mais como ser humano. Estamos conhecendo o nosso Brasil pelas mãos da arte e isso nos deixa muito emocionados com nossa escolha e nosso ofício, que transforma tanto aquilo que somos. Aqui vai um breve relato sobre nossa passagem por cada uma dessas cidades, guardando no peito o afeto dos nossos irmãos pernambucanos.

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

"Me ensina a não andar com os pés no chão..."

Antes de relatar nossa viagem pelo interior de Pernambuco, e pela qual foi o motivo de toda essa desatualização de nosso blog (peço desculpas quem tentou nos acompanhar), abro um parênteses (depois daquele parênteses e antes desse outro, hehe), para falar um pouco sobre um momento pessoal que tenho vivido nesse percurso de apresentações do Diário de um Louco pelo país... Aos que chegaram agora em nosso blog, talvez não entendam nada dessa postagem, sugiro que voltem ao início da história, às primeiras postagens, pois nosso blog é bem cronológico, historinha boba mesmo...
Bom, seguindo a história... Há alguns meses atrás, eu, André, ator deste referido espetáculo, comecei a sentir um pequeno incômodo nos dedos dos pés, que primeiramente achei que fosse algo passageiro, mas que se tornou um certo desafio de saúde a ser superado. Os meses se passaram e o problema foi se agravando, tornando-se um processo inflamatório delicado e que precisava ser tratado e cuidado como tal. Mas para isso, eu precisaria de repolso e um tratamento assíduo, tudo o que eu não poderia fazer nesse momento, já que me esperavam pela frente 40 apresentações por todo meu Brasil, e o que não haveria adiante seria repouso. Um médico me aconselhou a desistir da viagem, mas como todo amor é cego, e o meu amor pelo teatro é também surdo-mudo, eu ceguei para todas as possibilidades ruins e em 2 semanas que estive em João Pessoa, fiz uma bateria de exames, junto com Dra. Sandra, excelente reumatologista, que tinha o dever de me colocar de pé novamente e sem descanso (já que cheguei até ela sem hesitar em continuar a caminhada teatral). Mas estou contando tudo isso para vocês, tentando compartilhar um pouco o momento em que estamos vivendo nessa jornada e também para relatar um pouco o quanto é importante o afeto e carinho dos amigos, penso que mais do que qualquer médico ou medicação, quem me fez estar forte para enfrentar toda essa jornada teatral e humana, foram meus amigos queridos e ainda mais amados por mim por isso. Quero agradecer ao meu querido Jorge, parceiro incondicional, pela generosidade, amorosidade, afeto e dedicação, a Maria dos Mares, pelas mãos amigas do barro e da vida, a Natanael, pelo carinho sincero e tranquilo, a Seu Morais, pela generosidade e espiritualidade, a Tapindaré, pelos perfumes e pelas forças da natureza, a Suzy pelo amadrinhamento, a Roberta, pelo eterno zelo com seus amigos turrões, a Dra. Rosângela, pelo incrível respeito e profissionalismo, e a minha mãe, pelo amor...
Escrevo para agradecê-los e amá-los ainda mais!
Sigo adiante, às vezes com os pés fincados na terra e às vezes sem eles no chão para chegar ao coração...
Com açúcar, com afeto
André


Bate-bola

Logo após Brasília, fizemos 2 apresentações na cidade de Taguatinga/DF, onde o espetáculo aconteceu de uma forma linda! A mágica do teatro se estabeleceu, e o público dialogou com o espetáculo de uma forma delicada e atenciosa, um encontro incrível em que personagem e platéia se entendiam com olhares e sentimentos...
Ps. Quando esses momentos acontecem, fazem todo nosso trabalho valer a pena.

*Na foto, nossos queridos amigos do cerrado, que nos receberam com muito afeto e nos ajudaram a marcar o gol teatral.

domingo, 26 de julho de 2009

Distrito Afetivo

Início de Julho estivemos em Brasília com o Diário no Teatro Garagem, nossa platéia era repleta de afetos e olhares carinhosos. Tivemos uma acessoria maravilhosa do nosso anjo cabeludo Marley e tudo correu muitíssimo bem. Na foto estão todos os nossos amigos, listrados e coloridos! Agradecemos pelo carinho.

terça-feira, 26 de maio de 2009

Uma Parte de mim é luz!


De Porto Alegre partimos para a serra gaúcha: as cidades de Canela e Gramado. Há dois anos atrás, apresentamos o Diário de um Louco no Festival de Teatro de Canela e fizemos laços fortes. Sabendo dessa nossa ida ao sul, nosso queridos amigos Carla e Bento nos convidaram para ministrar uma oficina para o grupo de teatro do qual fazem parte, o Artigos. A oficina se expandiu para mais pessoas, fora do grupo, e resultou num encontro lindo, com seres humanos lindos, se expondo e se entregando a nossa condução com muita generosidade e carinho.

Todos entraram no teatro de olhos vendados, e tiveram que ser literalmente guiados por nós. Lavamos os pés de cada um, com água quente e sabão, como forma de recebê-los com afeto. Assim eles deixaram a energia dispersa do lado de fora e chegaram com sensibilidade para o trabalho. Cantamos, dançamos, escrevemos versos, falamos, gritamos e tudo fluiu como um rio (às vezes sereno e às vezes feroz). "Uma parte de mim é luz", dizia Ivone para todos, apontando suas lindas mãos para o alto, num momento inesquecível de nossa oficina. Não há como negar que havia muita luz humana naquele dia.
Abraço carinhoso para Ivone, Rovena, Simone, Paulinha, Ana Laura, Júlio, Kleiton, Tânia, Catina, Otávio, Tito, Gabriel, Alice, Carla, Bento e Denise.

Aos gaúchos, com afeto

Apresentamos no Teatro do Sesc em Porto Alegre, onde o espaço cênico e a luz ficaram lindíssimos. No início tivemos problemas com o excesso de burocracia do Sesc local e com a diferença de métodos de trabalho, mas aos poucos conseguimos contornar tudo e o clima de montagem ficou agradável e tranquilo.
Tivemos uma apresentação forte e precisa, pedaços do guarda-chuva e da roupa se espalharam pelo palco. Às vezes é preciso tirar a platéia do conforto e trazê-la ainda mais perto do universo desse personagem. O público gaúcho é atento, observador e sensível, o que à primeira vista parece ser sinal de frieza, mas com a proximidade que o espetáculo tem da platéia, percebe-se no olhar o calor e a troca. Foi um encontro inesquecível.
(Na foto, os agradecimentos.).

Chegamos ao Alegre Porto


Logo após a apresentação de Cuiabá, o Diário arrumou suas malas e seguiu direto para Porto Alegre/RS. Aliás, não foi direto, haviam escalas intermináveis pelo caminho. Chegamos exaustos e caímos na cama do hotel. No outro dia, Jorge ministraria sua primeira oficina pelo projeto: Cenografia -Processos de criação e execução.


(Na foto, o pessoal trabalhando a mil na oficina, enquanto o oficineiro registra em foto.).

De Recife para Cuiabá




Logo após a apresentação em Recife, partimos direto para Cuiabá-MT. Apresentamos num espaço lindo, o Sesc Arsenal, com um jardim esplêndido, uma equipe maravilhosa, pessoas tranquilas e amigas. Ah, levamos o frio para Cuiabá, uma cidade que já fez 47 graus, estava abaixo de 20 graus, todo mundo encasacado e tomando banho frio! (risos)
Fizemos o espetáculo para apenas 50 pessoas, com a platéia dentro do palco, num espaço pequeno e muito íntimo. Mais 50 pessoas estavam do lado de fora, batendo na porta, pedindo uma segunda sessão, o que nos deu um aperto no peito, pois tinhamos um vôo marcado bem depois da apresentação e não foi possível. Às vezes é preciso ter a mão firme para preservar a atmosfera intimista da peça e segurar o desejo de que todos vejam nosso trabalho. Pedimos desculpas aos que foram ao teatro e não conseguiram ver o trabalho.

(Na foto, nós com a equipe do Sesc Arsenal. Profissionalíssimos.).

Finalmente em Recife


Nossa segunda apresentação pelo Palco Giratório foi em Recife. Apesar de ser tão pertinho de nós paraibanos, não é fácil levar o espetáculo pra essa cidade, finalmente conseguimos. Com uma platéia cheia de amigos queridos, fizemos uma linda apresentação no Teatro Capiba, um teatrinho de bolso bem aconchegante. A equipe do Sesc Recife é muitíssimo organizada, e o nosso anjo grandalhão Bruno, foi maravilhoso.
(Na foto: André, Marinalva e Jorge).

Díário de um Louco em Fortaleza


Dando início a nossa jornada pelo país com o Projeto Sesc Palco Giratório, fomos recebidos com todo carinho e delicadeza por Monique, nossa anja cearense. Nossa primeira apresentação foi em Fortaleza, começamos com alguns percalços, ainda apredendo a lidar com uma turnê teatral tão grande, mas sentimos que cumprimos bem tudo.

(Na foto: Marinalva, André e Monique. Jorge é o fotógrafo).

sábado, 25 de abril de 2009

CRONOGRAMA - PALCO GIRATÓRIO 2009

Olá pessoal,

aí vai todo cronograma de apresentações do nosso espetáculo "Diário de um Louco" pelo país, quem tiver amigos por aí afora, avisem!

com açúcar com afeto
andré



TURNÊ 2009 - CRONOGRAMA
DIÁRIO DE UM LOUCO

01/04 - FORTALEZA
SESC CearáEndereço: Avenida Duque de Caxias, 1701
Bairro: Centro. Fortaleza - CearáCEP: 60.035-111
Responsável: Vejuse Alencar
vejusealencar@sesc-ce.com.br
Telefones: 0800 - 855 -250 -
(85) 3452 9025
Fax: (85) 3452 -9030

14/05 – RECIFE
SESC-PE
ENDEREÇO: Rua treze de Maio, 455
Santo Amaro Recife-PE CEP: 501000-160
Fone: 32161628
Gerente: Ricardo Fernando Freire de Souza Melo
Email: sescsantoamaro@sescpe.com.br

16/05 – CUIABÁ
Unidade SESC
Arsenal localizado na Rua Treze de Junho, S/N, Centro Sul,
Bairro Porto, Cuiabá/ MT Cep: 78020-001;
Responsável: Flávia Leite
(65) 3616-6923

19/05 – PORTO ALEGRE
SESC Porto Alegre
Av. Alberto Bins, 665 - (51) 3284 2042
Everton José Dalla Vecchia
lrosler@sesc-rs.com.br

07/07 – BRASÍLIA
TEATRO SESC GARAGEM
AV. W4 SUL, QUADRA 713/913, LOTE F
BRASÍLIA-DF
FONE: (61) 3445 4415 / 3445 44 20
TÉC. RESPOSNSÁVEL PELO ESPAÇO- VARUNA RIBEIRO

08/07 – TAGUATINGA
TEATRO SESC PAULO AUTRAN
CNB 12, ÁREA ESPECIAL 2/3
TAGUATINGA NORTE - DF
FONE: 61 - 3451 9150
TÉC. RESPONSÁVEL PELO ESPAÇO: MARINA BAETA

09/07 - CEILANDIA
TEATRO SESC NEWTON ROSSI
CENTRO DE ATIVIDADES SESC CEILÂNDIA
QNN 27, LOTE B
FONE :3379-9500
TÉC. RESP: EDSON PEDRO


30/07 – S. LOURENÇO DA MATA/PE
Avenida das Pêras, 56, Tiúma – São Lourenço da Mata – PE.
CEP 54735-320
Fone: (81) 3525-9033
Daniel Alcântara (81)88414442/ 35859033
danielmoreira@gmail.com

31/07 –SURUBIM/PE
Rua Frei Ibiapina, s/n, São José, Surubim – PE.
CEP 55750-000
Fone: (81) 3634-5280
Avacir Xavier (81)88195968/ 36345280
avacixavierr@ig.com.br

01/08 – CARUARU/PE
Endereço: Rua Rui Limeira Rosal, s/nº -
Petrópolis / Caruaru Telefone: (81) 3721-2368
Severino FlorêncioEmail: severinoflorencio@hotmail.com
(81) 9981.3053/ 37213967

02/08 – BELO JARDIM/PE
Distrito Industrial II, s/n, Nossa Senhora Aparecida,
Cohab III – Belo Jardim – PE.CEP 55150-000
Fone: (81) 3726-1576
Ana Flávia
(81) 9952.2332/ 37261576
anaflaviacs@gmail.com

04/08 – GARANHUNS/PE
Endereço: Rua Manoel Clemente, 136 Centro / Garanhuns
Telefone: (87) 3761-2658
Email: sescgaranhuns@sescpe.com.br
Lílian Ferreira
(87)96187287/ 37628300
encenalilian@hotmail .com

05/08 –ARCO VERDE/PE
Endereço: Rua Capitão Arlindo Pacheco, nº 364 - Centro /
Arcoverde Telefone: (87) 3822-2901
Email: sescarcoverde@sescpe.com.br
Miro Carvalho
(87)88189352/ 38210864
eemiro@bol.com.br

06/08 –BUIQUE/PE
Rua Projetada, s/n, Frei Damião Buíque – PE
CEP 56520-000
Fone: (87) 3855-2230
Naruna Freitas
(87)91091416/ 38552230
narunap@yahoo.com.br


08/08 – TRIUNFO/ PE
Endereço: Rua Antônio Henrique da Silva, s/n – São Cristóvão –
Triunfo – PE Fone/Fax: (87) 3846-2800
E-mail: triunfo@sescpe.com.br
Auriane
(87)38462800

09/08 – BODOCÓ/PE
Vila São Francisco, s/n, Zona Urbana, Bodocó – PE.
CEP 56220-000
Fone: (87) 3878-1724
Herbet Adriano
(87)99257085/ 38781220
hadrirodrigues@yahoo.com.br

10/08 e 11/08 – ARARIPINA/PE
Rua Vereador José Barreto de Alencar, s/n, Centro –
Araripina – PE.CEP 56280-000
Fone: (87) 3873-0812
Salomé Teixeira
(87)91140982/ 38730812
spaulino@sescpe.com.br

12/08 – PETROLINA/PE
Endereço: Rua Dr. Pacífico da Luz, nº 618 -
Centro de Petrolina
Telefone: (87) 3866-7474
Email: sescpetrolina@sescpe.com.br
Jailson Lima
(87)88147840/ 38667474
jlima.dance@hotmail.com

14/08 – SÃO PAULO/ SP
SESC São Paulo
Endereço: Avenida Álvaro Ramos, 991
Bairro: Belém. São Paulo - São Paulo
(11) 3179-3706(11) 2607-8226/ 8223 Fax: (11) 3288-6206
Sidnei C. Martins - Gerência de Ação Cultural


16/08 – BELO HORIZONTE/MG
Teatro do SESC
Rua Tupinambás, 908 - Centro - Belo Horizonte/MG
30 120-
31 32791503
31 32791468
sescmgut@uai.com.br
Responsável: Air Viana (Diretora da Unidade SESC Tupinambás).
31 32791368

21/08 – MACEIÓ/AL
SESC CentroRua Barão de Alagoas, 229, Centro.
CEP: 57020-210 Maceió/AL
Thiago Sampaio
thiago.mails@gmail.com

26/08 – PARANAGUÁ/PR
SESC/PARANAGUÁ
Rua Dr. Roque Vernalha, 11
CEP: 83.206-100
Fone: 0xx41 3423-3200
Fax: 0xx41 3423-1120
Diretor: Vera Silveira
Técnico: Amauri Semczuk amaurisemczuk@sescpr.com.br

28/08 – PONTA GROSSA/PR
SESC/PONTA GROSSA
Rua Theodoro Rosas, 1247
CEP: 84.010-180
Fone: 0xx42 3222-5432
Fax: Ramal 12
Diretor: André Santos Técnico: Márcia Sielski marciasielski@sescpr.com.br

30/08 – GUARAPUAVA /PR
SESC/GUARAPUAVA
Rua Comendador Norberto, 121
CEP: 85.010-140
Fone: 0xx42 3623-4263
Fax:0xx42 3623-4512
Diretor: Cássio Lima Técnico: Silvana Korokoski silvanakorokoski@sescpr.com.br

01/09 – APUCARANA/PR
SESC/APUCARANA
Rua São Paulo, 150
CEP: 86.808-070
Fone: 0xx43 3422-1323
Fax: 0xx43 3424-3663
0xx43 3424-5405(SAC)
Diretor: Andréia Rinaldo Técnico: Sérgio Gerelussergiogerelus@sescpr.com.br

03/09 – LONDRINA/PR
SESC/LONDRINA
Rua Fernando de Noronha, 264
CEP: 86.020-300
Fone: 0xx43 3378-7800
Fax: 0xx43 3378-7805
Diretor: Cilas Vianna Técnico: Alexandre Simioni alexandresimioni@sescpr.com.br

04/09 – MARINGUÁ/PR
SESC/MARINGÁ
Rua Lauro Eduardo Werneck, 531
CEP: 87.020-020
Fone: 0xx44 3262-3232
Fax: Ramal 213
Diretor: Antonio Vieira Técnico: Elenice Bernardino elenicebernardino@sescpr.com.br

06/09 – PARNAVAÍ /PR
SESC/ PARANAVAÍ
Rua Edson Martins, 1760
CEP: 87.704-120
Fone: 0xx44 3423-3132
Fax: Ramal 27
Técnico: Tânia Volpato e Dorival Torrente taniavolpato@sescpr.com.br dorivaltorrente@sescpr.com.br

07/09 - CAMPO MOURÃO/PR
SESC/CAMPO MOURÃO
Av. João Bento, 2020 Av. João Bento, 2020
CEP: 87.300-030
Fone: 0xx44 3525-1060
Fax: Ramal 16
Diretor: Marcos Souza
Técnico: Viviane Ananiasvivianeananias@sescpr.com.br

08/09 – UMUARAMA/PR
SESC/UMUARAMA
Rua Domingos G. de Paula, 2700
CEP: 87.504-190
Fone: 0xx44 3623-3536
Fax: Ramal 24
Diretor: Mauriza Lima
Técnico: Márcia Guimarães marciaguimaraes@sescpr.com.br

10/09 – CANDIDO RONDON/PR
SESC/MAL.CÂNDIDO RONDON
Rua 12 de Outubro, 1700
CEP: 85.960-000
Fone: 0xx45 3909-1000
Fax: 0xx45 3909-1010
Diretor: Gilberto Mensato
Técnico: Alberto Joris albertojoris@sescpr.com.br

12/09 – CASCAVEL/PR
SESC/CASCAVEL
Rua Carlos de Carvalho, 3367
CEP: 85.801-130
Fone: 0xx45 3225-3828
Fax: Ramais 22 e 29
Diretor: Geraldo Cavanhari
Técnico: Graciele Weiler gracieleweiler@sescpr.com.br

13/09 – F. BELTRÃO/PR
SESC/FRANCISCO BELTRÃO
Rua Julio Assis Cavalheiro, 2121
CEP: 85.601-000
Fone: 0xx46 3524-2627
Fax: Ramal 21
Diretor: Neri Schneider
Técnico: Rosimeire Vergílio Rosimeirevergilio@sescpr.com.br

14/09 – FOZ DO IGUAÇÚ/PR
SESC/FOZ DO IGUAÇU
Av. Tancredo Neves 222
CEP: 85.867-000
Fone: 0xx45 3576-1300
Faz: 0xx45 3676-1316
Diretor: Dimas Fonseca
Técnico: Talitha Bianchini talithabianchini@sescpr.com.br

16/09 – FLORIANOPOLIS/SC
SESC Florianópolis Trav. Siryaco Atherino, 100 – Centro –
Florianópolis/SC CEP: 88020-183
/Fax: (48) 3229-2200
Técnica de Cultura: Cristina Gadotti - (48) 8811-6971 cristinagadotti@sesc-sc.com.br
Técnico de Cultura: Luiz Henrique Gomes Martins – (48) 9998-2439
Técnico de Cultura: Afonso Nilson Barbosa de Souza - (48) 9917-9189
Técnico de Som e Luz: Michel Marques - (48) 9122-9529 michel@sesc-sc.com.br


18/09 – PORTO VELHO/RO
SESC - ADMINISTRAÇÃO REGIONAL NO ESTADO DE RONDÔNIA
END: AV. PRESIDENTE DUTRA, Nº 4175
BAIRRO: PEDRINHAS
CEP:78903-032
COORDENAÇÃO DE CULTURA - CODEC
PORTO VELHO RONDÔNIA
RESPONSAVEL: FABIANO TERTULIANO DE BARROS
TEL: 69 - 8437-6744

20/09 – MANACAPURU/AM
- Centro de AtividadesRua Waldemar Ventura, n/nºBairro de São
(92) 3361-3013
Responsável: Antônio Carlos Mattos de Vasconcelos
22/09 – MANAUS/ AM
SESC MANAUS
Rua Henrique Martins, 427 - CentroFone: 2126-9580
Responsável: José Roberto Tadros

25/09 - CAMPINA GRANDE/PB
SESC Centro
Rua: Giló Guedes, 650 – Centro
Responsável: Álvaro Fone: (83) 3341-5800

27/09 – VITÓRIA/ ES
28/09 – VITÓRIA/ ES
TEATRO DO SESI
RUA TUPINAMBAS,Nº240, JARDIM DA PENHA - VITÓRIA/ES
CEP: 29060-810
TEL: (27) 3334-7321 / 3334-7313 - SILVIA (responsavel pelo teatro)
E-MAIL: mailto:sbassini@findes.org.br_

17/10 – RIO DE JANEIRO/RJ ESEM
18/10 – RIO DE JANEIRO/RJ ESEM
Escola Sesc de Ensino Médio
Assessor de Cultura: Sidnei Cruz
Endereço: Avenida Ayrton Senna 5677 - Jacarepaguá
CEP 22775-004 CNPJ: 33.469.164/0018-60 Rio de Janeiro/RJ
Produção: Márcia Nunes
Fone 21 32147404/84070599
mnunes@escolasesc.com.br

27/10 – SÃO LUIS/MA
Av. Silva Maia, 164 - Centro -São Luís/MA
Cep - 65020-570
Gerente responsável- Telma Santos dos Anjos
fone (98) 216-3800


31/10 – ITAPECURU/MA
SESC Ler Rodovia 222 - Roseana Sarney- Itapecuru-mirim
Cep 65485-000
Gerente responsável Cristiane Alvares Costa
fone (98) 216-3800 – Fax (98) 216-3804 sesc@ma.sesc.com.br

03/11 – CAXIAS/MA
SESC Caxias Praça Cândido Mendes, 1131 - Centro -Caxias
Cep- 65600-010
Gerente Responsável Ângelo Augusto A. C. Couto
fone (99) 521-3862

Ufa! Casa...

Crítica do poeta Lau Siqueira sobre nosso espetáculo

Olá queridos,

aí vai uma crítica sobre o nosso trabalho feita pelo poeta Lau Siqueira (na foto) para seu blog "Pele sem Pele" (http://lau-siqueira.blogspot.com/), confiram.

abraço carinhoso
andré

DIÁRIO DE UM LOUCO NO PALCO GIRATÓRIO
Por Lau Siqueira

Encenado por André Morais e dirigido por Jorge Bweres, o monólogo Diário de um louco vai percorrer 48 cidades brasileiras, do Rio Grande do Sul ao interior da Amazônia. O grupo paraibano Lavoura foi um dos selecionados pelo projeto Palco Giratório, criado pelo Departamento Nacional SESC, com o objetivo de difundir as artes cênicas no Brasil. O outro espetáculo é Silêncio Total, com o palhaço Chuchu, criação do também paraibano, ator Luiz Carlos Vasconcelos.Em Diário de um Louco podemos perceber a transtemporalidade de um texto clássico. Nikolai Vassilievitch Gogol, nascido em 1809 teve uma infância abastada, mas tornou-se um modesto funcionário público na fase adulta. Talvez esse tenha sido o fator invisível a transformá-lo no introdutor do realismo na literatura russa. No encontro do teatro com a literatura em Diário de um Louco, percebemos a atualidade de um texto datado de 1830 e encenado para um público que, supostamente, passou por uma radical mudança de costumes. A tradução desse mistério é que faz de uma obra um clássico.O texto fala dos sonhos e das desesperanças de um funcionário público apaixonado pela filha do chefe. O impacto ferino da desigualdade social sobre os sentimentos desse personagem começam a impulsioná-lo para um enorme abalo emocional. Uma tristeza e um sentimento de impotência capaz de dimensioná-lo dentro de uma abordagem da loucura, sem estereótipos, na sua forma mais crua, mas ao mesmo tempo reveladora de uma imensa expressão de humanidade. A loucura aparece, então, como ponto de partida para o abandono de uma existência marcada pelo sentimento de impotência diante do estabelecido. O personagem cria para si um trono e uma coroa, na tentativa de superação das suas impossibilidades. A configuração da loucura na temática do espetáculo é de tamanha realidade que, segundo Jorge Bweres, em uma das apresentações uma pessoa teve um surto esquizofrênico na platéia.Reconheço um grande ator quando percebo a sua capacidade de transgredir a própria identidade na criação de um estilo. A capacidade de introduzir-se na construção de um personagem que relata a agonia do homem comum e seus sentimentos, diante dos muros supostamente intransponíveis da desigualdade social. Em Diário de um Louco, André Morais soube realizar esse traçado, com uma interpretação de absoluto equilíbrio entre circunstância original do texto e a sua transcendência para esses tempos inaugurais do século XXI. Depois da declaração de Jorge acerca do surto esquizofrênico em uma das apresentações, compreendi melhor a reação de duas jovens sentadas no chão da primeira fila que riam freneticamente nos momentos de maior densidade do texto. Isso me fez crer que se trata de um espetáculo do qual não saímos impunes. Tamanha é a capacidade de envolvimento com todos os elementos do espetáculo, criada pelos artistas. Tudo amarrado sutilmente com uma trilha sonora muito bem acolhida pela concepção geral do espetáculo.Os diretores de teatro experimentam a noção mais acabada de poder absoluto. Mas, seria mesmo necessário exercer este poder com autoritarismo e de forma personalista? Jorge Bweres nos mostra que não. Ele deixa sua marca no espetáculo exatamente por exercitar o oposto. Construiu um estilo delicadamente absoluto. Soube conjugar a imensa capacidade interpretativa de André Morais, com o que eu chamei de transtemporalidade do texto. Sua presença, no entanto, paira sobre cada cena. Sobre um cenário que impressiona pela capacidade de introduzir os personagens ocultos do monólogo, ou numa iluminação que contracena o tempo todo com os inúmeros elementos colocados em cena (ou fora dela). São os detalhes que fazem de Jorge Bweres um diretor diferenciado. Parte dele a provocação para um altíssimo grau de interação com a platéia. Reafirmo a impressão de Altimar Pimentel: “o cuidado meticuloso e criativo como o espetáculo havia sido construído por Jorge Bweres e André Morais revelava íntima cumplicidade entre o primeiro e o segundo também ator único”. O espetáculo é de uma unidade impressionante! Tudo no lugar. Tudo meticulosamente cuidado. Daí o sucesso que tem alcançado por onde se apresenta.Agora o grupo Lavoura irá percorrer o país. Do extremo norte ao extremo sul. Certamente que tamanho percurso vai exigir do grupo uma capacidade de resistência que precisaria ser transformada em cadernos de viagem. E assim será. Jorge e André criaram um blog para que pudéssemos acompanhar à distância o traçado das emoções vivenciadas com os mais diferentes públicos deste país. Assim, você saberá quando o espetáculo estiver por perto e poderá tirar suas próprias impressões acerca do melhor teatro brasileiro contemporâneo. Um teatro que pulsa pelo Nordeste inteiro e que tem na Paraíba um dos seus principais vetores. Acompanhe pelo blog http://www.teatrolavoura.blogspot.com/ a aventura do grupo Lavoura nos palcos brasileiros.

terça-feira, 7 de abril de 2009

TEMPORADA NO THEATRO ROZA

DIÁRIO DE UM LOUCO" EM JOÃO PESSOA
TURNÊ NACIONAL
THEATRO SANTA ROZA,
DE 16 A 19 DE ABRIL (QUINTA A DOMINGO),
SEMPRE ÀS 20H.
INGRESSOS LIMITADOS
R$ 16,00 (inteira)
R$ 8,00 (estud.)


quarta-feira, 18 de março de 2009

Texto-crítico sobre o Festival de Teatro de Guaramiranga 2006


Olá Pessoal,


aí vai um texto do crítico da revista Bravo! Kil Abreu sobre o 13º Festival de Teatro de Guaramiranga em 2006, quando passamos por lá com o Diário de um Louco. Aos pouquinhos vamos jogando mais material aqui no blog.


Abraço carinhoso
André

(Foto: Ceronha Pontes em cena de Camille Claudell)

TEATRO DE GUARAMIRANGA
As vocações de um festival
Kil Abreu

Uma característica importante do Festival Nordestino de Teatro de Guaramiranga é o seu recorte regional. Se por um lado o festival não tem a ambição de um alcance nacional - que traria o benefício de um intercâmbio mais variado de possibilidades, no diálogo dos artistas e público local com as produções de outras praças -, por outro é vantajoso que se concentre sobre as produções nordestinas.
O que deixa ver com maior concentração e nitidez os avanços e faltas em áreas afins ao teatro na região, como as políticas públicas para a cultura e a formação artística em artes cênicas.Na coordenada estética, que não está apartada da formativa, fica muito evidente, ao menos no festival, a repartição da produção teatral em três vias: uma cena menos recorrente, marcada pelo regionalismo na sua feição genuinamente popular e tradicional (que tem exemplo no trabalho da Cia. baiana Finos Trapos, “Sagrada Folia”); um outro gênero de regionalismo, caracterizado formalmente por uma tentativa de humorismo que tem grande apelo popular, mas que empresta seu eixo criativo da parte mais empobrecida que o espólio televisivo tem a oferecer ao teatro (é o caso de “Esperando comadre Daiana”, de Juazeiro do Norte, e do desvirtuamento do texto de Plínio Marcos, “O assassinato do anão”, na montagem do grupo Harém, do Piauí). Por fim, uma terceira via, felizmente hegemônica, que dá conta de experiências cênicas mais ambiciosas quanto aos propósitos artísticos, mesmo quando a fatura cênica não resulta totalmente satisfatória.Neste último caso é notável a presença dos bons intérpretes, que reverteram, em Guaramiranga, o mito do monólogo como forma teatral marcada pelo ensimesmamento e pela chatice. Ao contrário, o biscoito fino do festival foi oferecido à platéia na bandeja de solos reveladores. A começar pelo exercício cativante de Fábio Vidal em “Erê, eterno retorno”, uma narrativa física em que a poética da autonomia expressiva ganha uma espécie de aeróbica cênica envolvente. Ou a empatia extra-ordinária de André Morais, em uma encenação que alcança o rigor da melhor poesia em “Diário de um louco”, de Gogol. Ou ainda o comprometimento dilacerante do cearense Silvero Pereira na ótima defesa da personagem de Caio Fernando Abreu em “Uma flor de dama”. A esta altura do festival essa tríade de bons atores ainda pode ganhar a qualidade de um quarto solo, “Camille Claudel”, de Ceronha Pontes. A julgar por outros trabalhos da atriz, é muito provável que o quadrado se feche com o mesmo nível de qualidade visto até aqui.Se os monólogos são as melhores marcas do festival, há ainda duas menções importantes a fazer: a Caravana Cia de Teatro, que trouxe na montagem da “Caravana da Ilusão”, de Alcione Araújo, um projeto de pesquisa artística interessante, ainda que o resultado não tenha alcançado a qualidade expressiva necessária para a aderência efetiva da platéia. E, por fim, a versão dos Clowns de Shakespeare, do Rio Grande do Norte, para “O Casamento dos pequenos burgueses”, de Brecht. A montagem revelou alguns aspectos que deveriam ser referenciais para o amadurecimento da prática teatral de grupo: um trabalho de longo prazo, não pontual, que gera bons frutos em cena, sobretudo a afinação do elenco; e o cuidado no acabamento do espetáculo, em todos os seus detalhes, da sofisticada mecânica cenográfica à colaboração da trilha musical com a dramaturgia.A este panorama, provavelmente revelador de alguns aspectos importantes da cena nordestina atual, soma-se ainda um apontamento, a ser confirmado por quem tenha mais intimidade com a articulação entre processos artísticos e o fomento público à formação e à produção. Há a necessidade - como em outras regiões do país - de políticas públicas que criem os espaços necessários de investigação e amadurecimento das linguagens cênicas, em estratégias formativas menos pontuais e mais ambiciosas. O Festival de Guaramiranga evidencia que o teatro ganha quando a experiência artística é fomentada, seja no aspecto das oportunidades de intercâmbio cultural, seja no aspecto de uma atividade continuada de formação. O mesmo vale para o incentivo à pesquisa, produção e circulação de espetáculos. O painel artístico que as platéias acompanharam atentas em Guaramiranga nos diz com muita objetividade que quando o Estado cumpre essas funções sociais, tão elementares quanto à educação formal ou à saúde, os artistas respondem com a potência de quem quase sempre sobreviveu sem nada e aprendeu a dar tudo em troca. É hora de inverter os termos. Algumas pequenas epifanias vistas no alto da serra cearense nestes dias nos dizem que vale a pena.

O autor é mestre em artes, crítico-colaborador da revista Bravo, jurado dos prêmios Shell e APCA de teatro.

TEMPORADA


"Diário de um Louco" em abril no Teatro Santa Roza, João Pessoa/PB. Aguardem!

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Diário de um Louco no Palco Giratório 2009

‘Palco Giratório’ terá dois paraibanos

Materia do Jornal da Paraíba, 19 de fevereiro de 2009.
Por Ricardo Oliveira.


Dois espetáculos paraibanos foram selecionados para o projeto ‘Palco Giratório 2009’: Diário de um Louco, do grupo Teatro Lavoura, e Silêncio Total, de Luiz Carlos Vasconcelos, como o Palhaço Xuxu. O ‘Palco Giratório’ é uma promoção do Sesc Nacional e promove uma média de 170 apresentações a cada temporada de 60 dias - este ano, serão quatro temporadas.A programação oficial acontece de abril a novembro deste ano, mas logo ao final de março já acontecerão as primeiras apresentações de Silêncio Total no Fest Clown em Brasília. A peça de Luiz Carlos é um conjunto de três números de circo, nos quais o mal-humorado e vaidoso Palhaço Xuxu brinca com a plateia. O personagem surgiu através de trabalhos na comunidade do Róger e foi criado pelo ator, que também é um dos fundadores da Escola Piolim.Premiado no Festival Nordestino de Teatro de Guaramiranga, Diário de um Louco é o monólogo interpretado por André Morais, com direção do mesmo em parceria com Jorge Bweres. Adaptado no conto do autor russo Nikolai Gogol, a peça já esteve nos teatros da capital, com sucesso de público e crítica.Zé Alex, gerente nacional do Palco Giratório, explicou à redação do JORNAL DA PARAÍBA que os espetáculos paraibanos farão apresentações durante todo o ano.“Além do Festival Palco Giratório, que acontece durante um mês inteiro em cidades brasileiras como Campina Grande, teremos várias apresentações em menor escala durante todo o ano, nas quais o Diário de um Louco estará presente”, comenta Zé Alex. Diário fará um circuito de 60 dias, de agosto a setembro por todo o Brasil.

Campina terá um mês de "Palco" em setembro

Os interessados pelo melhor do teatro nacional e paraibano podem ficar empolgados com 2009: Zé Alex, do Sesc Nacional, informou que em setembro acontecerá o Festival ‘Palco Giratório’ em Campina Grande. O formato que será promovido irá durar 30 dias e terá todos os espetáculos que também se apresentam por todo o país durante o ano.“Nós fizemos uma seleção com curadores que representam o Sesc em todo o Brasil e temos de selecionar 16 espetáculos de teatro e dança a partir de 90 indicados”, lembra Zé Alex. Hysteria, do Grupo XIX de Teatro, já esteve em João Pessoa no Outubro no Teatro em 2006 e é um dos destaques de setembro em Campina Grande. Também estão na programação geral os espetáculos: Inventário, Choros e Valsas (dança), Filme Noir (RJ), 100 Shakespeare, O Nome Científico da Formiga (dança), O Santo Guerreiro e o Herói Desajustado, A Noite dos Palhaços Mudos (SP), De Malas Prontas (SC), Cultura Bovina? (MS), O Hipnotizador de Jacarés (RS), Rito de Passagem (dança, AM), Rasif (PE) e Mangiare (RJ). Uma oportunidade única de conhecer espetáculos de qualidade vindos de todo o país ainda este ano em Campina Grande. Imperdível para os fãs da dança e do teatro. (RO)

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Entrevista com André Morais

Entrevista com André Morais sobre seu trabalho no teatro e no cinema. Feita por Ricardo Oliveira do blog Diversitá.

sábado, 14 de fevereiro de 2009

Altimar Pimentel, crítica nunca publicada


Olá pessoal,

estou colocando em nosso espaço um texto de autoria do querido e saudoso Altimar Pimentel sobre nosso espetáculo. Esse texto nunca foi publicado, por isso é um alegria ter esse cantinho para disponibilizarmos a todos o material que temos escondido em nossos arquivos. Tivemos a oportunidade de conhecer Altimar no Festival de Teatro de Guaramiranga, e ficamos muito próximos dele e de sua incansável pesquisa pela cultura popular de nosso estado. Um trabalho realmente muito digno e importante, ainda pouco reconhecido. Espero que gostem do texto.

Abraço terno
André

Diário de um louco: Altimar Pimentel

Gratifica-nos constatar haver o teatro paraibano alcançado nos últimos anos os mais altos níveis de toda a sua história. Desnecessário destacar aqueles espetáculos mais representativos, alguns com longevidade dificilmente atingida mesmo por encenações do Sul do País. Mas, considere-se sobretudo o sucesso de crítica e a quantidade de prêmios acumulados em festivais os mais diversos a atestar a qualidade do nosso teatro.
Sobejam prêmios em concursos de dramaturgia como também em festivais é longa a lista de premiação dos espetáculos, da iluminação, cenografia, figurinos, atores e atrizes em testemunho vívido do alto nível do teatro paraibano.
Em nenhum outro momento a arte teatral paraibana logrou tal expressividade quer na dramaturgia, quer na encenação.
Exemplo mais recente da alta qualidade do nosso teatro é o espetáculo Diário de um louco, adaptação de André Morais do conto homônimo de Gogol, com direção de Jorge Bweres e André Morais e interpretação deste último e música de Marcílio Onofre, Samuel Correia e Wilson Guerreiro.
Foi para mim, integrante do júri do Festival de Teatro de Guaramiranga, uma gratificante surpresa assistir o espetáculo paraibano. Deixei-me enlear pelo andamento do espetáculo como os demais membros do júri. Os comentários após a apresentação foram os mais desvanecedores, elogiosos em todos os sentidos e nas minúcias observadas. Nenhuma observação negativa. A cada elogio mais me alegrava, mesmo tendo consciência de minha posição como jurado, sem permitir a parcialidade de meu voto.
Naquele momento, para mim, julgava-se o teatro paraibano em um espetáculo limpo, competente, criativo, com linguagem cênica moderna, com figurino adequado, cenário despojado, onde nada é supérfluo, e uma interpretação sublimadora.
Da surpresa inicial passei à análise dos detalhes. O cuidado meticuloso e criativo como o espetáculo havia sido construído por Jorge Bweres e André Morais revelava íntima cumpliciade entre o primeiro e o segundo também ator único. A música sublinhava a ação dramática com competência exemplar. A iluminação precisa acompanhava os estágios emocionais do intérprete...
Esta mesma sensação tomou-me ao rever o espetáculo no Teatro Santa Roza. Fiquei preso a cada movimento, a cada fala do ator e ainda mais gostei do seu trabalho competente, em tempo correto, comedido, despojado de exageros.
Já havia visto a adaptação de “As Pelejas de Ojuara” de Nei Leandro por Jorge Bweres, mas agora tinha diante de mim novo trabalho, como repassado por um agudo senso crítico e muita sensibilidade.
Menor não fora a minha admiração por André Morais na criação do personagem do monólogo, forma teatral das mais difíceis.
Vi-o prender a platéia e conduzi-la em silêncio total por todo espetáculo, com uma suavidade, leveza e plasticidade a denotar um seguro domínio do palco e da arte do Ator.
É um monólogo dramático, trágico, narrado com segurança e criatividade, resultando leve, tão leve como sai do teatro a alma de cada espectador.
Uma lição de teatro para se pensar e repensar, em sua grandeza magnífica pela correção e consciência da Arte do Teatro.
Esta montagem de Diário de um louco engrandece o teatro paraibano.

Altimar Pimentel é escritor, dramaturgo e pesquisador da cultura popular.

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

A Semente

Tudo começou em 2004 num festival de teatro universitário em João Pessoa. O espetáculo “Diário de um Louco” já estava montado graças a vontade, determinação e “atrevimento” de um jovem ator de 18 anos. Se havia alguma carência naquela montagem ela era totalmente suprida pela força e entrega daquele ator.
Depois de algum tempo de conversas e sondagens decidimos investir no espetáculo. O ponto de partida foi o entendimento do excelente texto de Gogol, as entrelinhas de cada palavra. Daquela fonte bebemos nos embriagamos, regamos e aramos o chão onde plantamos cuidadosamente nossas sementes. Nós, os três lavradores: André, Jorge e Marinalva formávamos um pequeno grupo sem nome próprio, mas isso não tinha importância naquela fase, tínhamos muito trabalho a fazer. Nossos ensaios eram bem longos chegávamos a ensaiar oito dez horas, mas o tempo não passava, era muito bom enlouquecer, se perder e se encontrar na arte e na criação dela.
Contamos com o apoio de sempre do nosso maestro Eli Eri Moura para a composição da trilha sonora. Eli-Eri, dessa vez, propôs que investíssemos em três músicos do laboratório de composição do curso de música da UFPB o qual ele criou e coordenava: O Compomus. Juntaram-se ao grupo os músicos Marcílio Onofre, Samuel Correia e Wilson Guerreiro. O processo de criação da trilha foi muito rico, participativo no qual todos aprenderam muito!
No dia 25 de maio de 2005 finalmente estreamos no Teatro Ednaldo do Egypto graças a grande “força” de Fabiano do Egypto e de outros amigos que nos ajudaram naquela batalha.
Naquela noite, nossa planta começou a brotar. Após aquela apresentação percebemos que nada havia acabado, ali era o início de uma jornada de muita determinação e trabalho. Tínhamos que sempre nos redescobrir para manter e melhorar o que tínhamos conseguido. Não foi e não está sendo fácil mesmo com um grupo tão pequeno.
Hoje nossa planta começa a nos dar frutos e o principal deles são os amigos que fizemos com o nosso trabalho, pessoas que se aproximaram por causa do “Diário”. Isso é maior do que qualquer prêmio ou projeto. Aqui vai o nosso agradecimento e carinho aos nossos amigos do Piauí, Rio Grande do Norte, Bahia, Espírito Santo, Ceará, Rio Grande do Sul, Campina Grande e da nossa cidade.
Devemos sempre olhar para frente e caminhar firme sem esquecer nossas pegadas. As minhas no teatro foram moldadas no Grupo de Teatro Bigorna.
Apoiado por Fernando Teixeira fiz o meu primeiro desenho de luz para um grande sucesso do nosso teatro: Anayde. Em seguida desenhei o meu primeiro figurino para “A Bagaceira”. São pegadas muito definidas e profundas!
Fernando e Fabíola: Obrigado!
No ano passado por força das circunstâncias tivemos que nos rebatizar. Dentre várias opções de nomes, André nos trouxe a sugestão de LAVOURA, a meu ver, sintetiza e traduz muito bem a nossa natureza e o nosso jeito de trabalhar.
Estamos novamente arando um novo pedaço de terra, pois já temos outra boa semente pra plantar, regar e pacientemente aguardar seu desabrochar.
Estejam certos de que é um enorme prazer tê-los perto de nós. Nesse ano certamente vamos nos reencontrar e fazer novos amigos.
Um grande abraço!

Jorge Bweres

"Com a mão estendida para a amizade..."


Sejam bem vindos ao nosso diário íntimo e muito bem exposto. Aqui é um espaço virtual que pretende nos trazer aconchego, compartilhar emoções, percepções e carinhos (farpas também, se for o caso, hehehe...). Aqui daremos notícias sobre o nosso trabalho e sobre nós mesmo, para os amigos distantes. Espero que a internet sirva para estreitarmos laços com as pessoas que nos assistiram e trocaram conosco a emoção do nosso fazer teatral. O teatro serve também para fazermos amigos, isso para nós é muito importante.
Abraço terno

André